Fui feito em uma noite de lua cheia,
está escrito no firmamento,
lua tão imensa ninguém nunca viu!
Parecia o fim,
tanta beleza não podia ser deste mundo.
Fui feito do sal das lágrimas,
do gosto amargo do suor,
do aconchego do riso,
do desconcerto brutal dos gestos.
O luar, esse, espreitava.
Nasci assim, curioso do mundo, enrolado como um bicho-da-seda,
na minha casa entrava a espuma do mar
e os espelhos devolviam-me o olhar,
na superfície mate do sal.
Nasci do nada, no meio de nada.
Este corpo que é o meu, é apenas isso, um corpo.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
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