terça-feira, 26 de junho de 2007

Convite Revista Vitrine



Convite feito para comemoração dos 3 anos da Revista Vitrine realizado no Dunnas Boliche em formato de pino de boliche com uma faca especial para sustentar o convite em pé.

Criação: Sérgio Caetano e Pedro Luccas

Arte Final: Victor Aires

Fotografia: Luis Morais

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Meu Preço

Custo o dinheiro que for necessário
por uma noite de prazer
por uma torrente a consumir e a beber
Os anseios de ser salafraio.
Assim bem calorosamente encosto minhas mãos em teu bolso
E tiro deles o papel que me compra
Com uma sede e um alvoroço
Meu preço é o reflexo da tua sombra.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Poeminha de velhos amantes

Só peço a ti que lembres dessa nossa juventude,
porque o tempo remove aos poucos toda forma de atitude.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Desejo

Talvez devesse saber como são os duendes dos contos de fadas,
entretanto desejo apenas sua mão quando me afagas.

Por onde andas

Vejo em ti toda a beleza do céu e toda a riqueza do mar
Vejo por versos meus a essência do seu crepúsculo
E então corro contra o tempo e contra todas as correntes
Degladio com meu ego questionador,
Escrevo cartas de amor e contemplo a miséria alheia, passando por minha retina incolor
um desejo em preto e branco que me assombra e me emudece
Talvez nem quisesse... mas pergunto:
Amada minha por onde andas?
Amada minha por quanto me abandonas?
Corre linda, salta os muros desta cidade,
prega em meu peito as lembranças do teu sorriso
enfia a faca da tua maldade
e me leva deste sonho sombrio.

Enclausurado

As janelas estão fechadas,
entre os lírios do jardim.
Suas mãos entrelaçadas
pedindo perdão a mim.
Um apelo que te faço pequena amargura,
não seques o leito em que adormece teus sonhos
nem tente cortar teus pulsos por simples loucura
busca neste quarto a solidão existente
e abre a janela para admirar os meus enclausurados pombos.

Nem um ponto a mais

Quando estive no precipício dos teus sonhos
tu me revestiste de alegoria,
com a vírgula mais estranha
removeu com euforia
as interrogações das minhas entranhas.

Amanadamente

Bela da aurora e do crepúsculo,
do arrebol colorido por serafins e arcanjos
da doce melancolia e dos balburdios
dos sonetos dos versos e dos encantos.

Minha própria morte

Faz tempo que não vejo a minha vida, nem os meus amores, nem os meus desafetos,
Faz tempo que não me lembro do meu nome nem mesmo de algum objeto
Faz tempo que já não chove no meu quintal, nem mesmo na minha cidade
Faz tempo que não me deleito com as proezas da minha maldade
Outrossim, houveram tempos em que fui bonito e galante
Correndo por pastos belos atrás de donzelas excitantes,
nesse tempo quis viver até o dia da minha morte
Quis gritar e gozar e até mesmo pular cercas enormes

Foi numa descarga elétrica destas cercas que encontrei a minha má sorte.

Meu preço

Custo o dinheiro que for necessário
por uma noite de prazer
por uma torrente a consumir e a beber
Os anseios de ser salafraio.


Assim bem calorosamente

encosto minhas mãos em teu bolso
E tiro deles o papel que me compra
Com uma sede e um alvoroço
Meu preço é o reflexo da tua sombra.

Pedaço de Mim

Talvez eu volte a Cajazeiras
e encontre os meninos no campinho.
Quem sabe eu vá a cajazeiras
E me esconda em um barzinho.

Talvez até me envolva no pagode
e veja a negra com seu balaio sacode
a dançar insinuante e faceira
nos belos dias de Cajazeiras.

Talvez até encontre Cara de Cobra, Dedeco e Bobô
e com eles quebrar o ritmo do agogô
e sorrir como nunca em Cajazeiras
e se a sorte quiser,
talvez eu morra em Cajazeiras.

Homenagem a um lugar de personagens reais e inconfundíveis.

Devaneios e Estações

Neste sol exuberante de maio
Neste banco ou naquela praça
Neste ser sentado e solitário
Um vento imponente me ultrapassa.

Neste sol exuberante de maio
Nesta flor singela um pedaço
Neste mar azul e eu sentado
Apreciando o malte gelado.

E então uma chuva grossa e repentina,
a caminhar pelo horizonte
a anunciar o mês de junho.