quinta-feira, 21 de junho de 2007

Minha própria morte

Faz tempo que não vejo a minha vida, nem os meus amores, nem os meus desafetos,
Faz tempo que não me lembro do meu nome nem mesmo de algum objeto
Faz tempo que já não chove no meu quintal, nem mesmo na minha cidade
Faz tempo que não me deleito com as proezas da minha maldade
Outrossim, houveram tempos em que fui bonito e galante
Correndo por pastos belos atrás de donzelas excitantes,
nesse tempo quis viver até o dia da minha morte
Quis gritar e gozar e até mesmo pular cercas enormes

Foi numa descarga elétrica destas cercas que encontrei a minha má sorte.

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