quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Flores Impossíveis

Hoje, Quero rosas e lírios
À beira dum rio
Onde crescem orquídeas
E flores impossíveis
À margem só de um inexistente mar sem fim.

Hoje,
Quero estar sem mim,
À beira de vida e existência.
Quero estar de canto
Cantando versos sem nexos.
Quero dar ouvido para as imagens
E olhos impossíveis para os sons.
Dar de cara com os minutos compridos
E ver o tempo em marcha lenta.
Sem explicação,
Sem ação,
Sem unidade e excitação.
Quero ver que cor tem o som do silêncio,
E que este me ensine a fazer
Os versos que não sei.

Se pudesse, queria saber
Onde se escondem os mistérios;
E brincaria de esconde-esconde com eles...
Mas eu não sei nada!

Então!
Queira eu a sabedoria,
Que se fosse concreta,
Viria no cheiro duma flor impossível
Que cresce à beira dum mar sem fim,
Numa praia confusa e sem areia,
Unidade e nexos.

Hoje,
Quero os pensamentos vagos
Sem vontade e mensagens nenhumas.
Flores,
Só flores:
Orquídeas, rosas
E lírios também.
Flores impossíveis e sem nexo
Com o cheiro da emoção,
Da inspiração
E da loucura.

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